Em 2025, Brasil e Nigéria se destacam como os principais líderes na adoção de criptomoedas a nível global. Ambos os países mostraram um crescimento exponencial no uso de ativos digitais, superando muitas economias desenvolvidas em termos de volume de transações e adoção generalizada. Mas, quais fatores estão impulsionando esse avanço rápido no Brasil e na Nigéria?
Fatores Econômicos
Tanto o Brasil quanto a Nigéria enfrentaram desafios econômicos significativos nos últimos anos, como a inflação, a desvalorização de suas moedas locais e a falta de acesso a serviços financeiros tradicionais. A volatilidade de suas economias levou os cidadãos a buscar alternativas mais estáveis e acessíveis para preservar seu patrimônio e realizar transações transfronteiriças sem as barreiras impostas pelo sistema financeiro tradicional.
No Brasil, a inflação tem erodido o poder de compra do real, o que tem impulsionado os cidadãos a adotar criptomoedas como o Bitcoin e stablecoins atreladas ao dólar americano para proteger suas economias. Por sua vez, a Nigéria enfrenta problemas com o naira, que tem sofrido constantes desvalorizações, gerando uma maior demanda por criptoativos como meio de troca e reserva de valor.
Inclusão Financeira
Na Nigéria, onde uma grande parte da população não tem acesso a serviços bancários tradicionais, as criptomoedas oferecem uma solução acessível e eficaz para a inclusão financeira. A proliferação de smartphones e o crescimento do acesso à Internet facilitaram o uso de aplicativos de carteiras digitais e plataformas de câmbio, permitindo que milhões de pessoas realizem transações sem a necessidade de uma conta bancária convencional.
O Brasil também tem visto um crescimento significativo na adoção de criptomoedas em comunidades desatendidas pelo sistema bancário. Programas governamentais e fintechs têm impulsionado a digitalização financeira, e a população encontrou nos criptoativos uma ferramenta para enviar e receber dinheiro de maneira rápida e com menores custos.
Fatores Demográficos
Brasil e Nigéria possuem populações jovens e tecnologicamente adaptadas. Na Nigéria, aproximadamente 60% da população tem menos de 25 anos, o que tem facilitado a adoção de novas tecnologias como blockchain e criptomoedas. Os jovens estão utilizando criptomoedas para comerciar, investir e até mesmo como meio de pagamento para serviços digitais.
No Brasil, a cultura empreendedora e a crescente digitalização levaram as gerações mais jovens a aproveitar as oportunidades que os criptoativos oferecem para criar novos modelos de negócios e gerar rendas adicionais.
Marco Regulatório e Políticas Governamentais
Diferente de outros países que adotaram posturas restritivas, Brasil e Nigéria têm mostrado uma abordagem mais aberta em relação à regulamentação das criptomoedas. No Brasil, o governo implementou regulamentações claras para as exchanges e os impostos sobre transações cripto, o que trouxe segurança para investidores e empresas.
A Nigéria, após um período de incerteza regulatória, começou a aceitar as criptomoedas como uma ferramenta para impulsionar a economia digital, promovendo iniciativas para fomentar a adoção responsável e educar a população sobre seu uso.
Crescimento do Ecossistema Cripto
Ambos os países viram um boom no ecossistema cripto com o surgimento de startups, exchanges locais e projetos de blockchain focados em soluções específicas para suas economias. No Brasil, plataformas como Mercado Bitcoin e Nubank facilitaram o acesso a criptomoedas para milhões de usuários. Enquanto isso, na Nigéria, iniciativas como Binance África e a crescente comunidade de desenvolvedores de blockchain estão impulsionando a adoção a níveis sem precedentes.
Conclusão
A combinação de fatores econômicos, demográficos, regulatórios e tecnológicos fez de Brasil e Nigéria líderes na adoção de criptomoedas em 2025. A necessidade de estabilidade financeira, juntamente com uma juventude tecnologicamente capacitada e governos que incentivam a inovação, posicionou esses países como referências na revolução digital global.